segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Cem Anos de Solidão, p. 112

"Poucos meses depois de seu regresso, tinha ocorrido nele [Melquíades] um processo de envelhecimento tão apressado e crítico, que de repente passou a ser tratado como um desses bisavôs inúteis que perambulam feito sombras pelos dormitórios, arrastando os pés, recordando os bons tempos em voz alta, e de quem ninguém cuida nem se lembra até o dia em que amanhecem mortos na cama."

(grifos meus)

Um comentário:

  1. Tristemente, me lembra a minha própria postura em relação a meus avós, e me faz imaginar minha própria velhice, e que não pode me deixar em paz.

    Há de se fazer da velhice uma presença da experiência, e não uma ausência de relevância. O idoso não pode ser marginalizado por suas memórias, e também não pode exercê-las fora de um diálogo pertinente ao contemporâneo.

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